HETERÔNIMOS COLETIVOS DE TEATRO
ESPETÁCULOS EM CIRCULAÇÃO
Gaivota, qual gesto de um sonho? (2019)
Romeu e Julieta, - Obra - atentado em homenagem aos que morreram lutando (2017)
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Os Heterônimos Coletivos de Teatro são um grupo de pesquisa na linguagem teatral que atua na cidade de São Paulo há oito anos. Através da pesquisa sobre o trabalho do ator e aspectos políticos atuais, o grupo investiga obras literárias e textos teatrais clássicos e cria seus trabalhos de forma autoral.
Criando releituras à luz de nosso próprio tempo e realidade social, o primeiro trabalho do coletivo foi “Hamlet – faltei no psiquiatra para consertar o freezer” (2012). O espetáculo aborda a violência e a desmedida trágicas, através de corpos obsessivos habitantes de uma casa-reino em ruínas. Ali nasce a pesquisa do grupo em torno da ação e de uma intensa fisicalidade, de modo a escancarar por meio dos corpos das atrizes e atores a violência de um tempo. O trabalho seguinte é “Expurgo – enterrei Édipo no jardim e agora estou pronto para algo mais pop” (2013). A partir da ação de sete figuras das tragédias gregas que, proibidas de parar de dançar ao longo de toda a peça, expurgam seus crimes e são expurgados pela sociedade por conta deles, a obra trata das formas de domesticação e normatização em sociedade. O trabalho seguinte, “Tantália” (2014), é uma pesquisa sobre o cansaço e cria uma realidade invertida dos espetáculos anteriores, abandonando a fisicalidade intensa para dar lugar ao corpo em esgotamento. Em 2017 o coletivo estreia “Romeu e Julieta: Obra-atentado em homenagem aos que morreram lutando”, partindo do clássico de Shakespeare para abordar a transgressão do amor: o amor não como romance, mas como luta, como a força capaz de destruir as estruturas já conhecidas de um tempo. Foi essa trajetória que levou o grupo à investigação atual, o “Projeto: Fracasso e Resistência” no qual se investiga as obras do dramaturgo russo Anton Tchékhov. A primeira obra desse projeto foi “Gaivota: qual o gesto de um sonho?” (2019), uma investigação sobre as possibilidades de seguir juntos e resistindo diante do fracasso de nosso tempo. E atualmente o grupo está no processo de criação de “Três Irmãs: O que está dentro fica, o que está fora se expande”.