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Este é um trabalho inspirado na obra homônima do escritor e jornalista Carneiro
Vilela (1846-1913), um livro mítico da literatura naturalista pernambucana que relata o caso de uma jovem burguesa, engravidada pelo namorado e que foi emparedada viva em seu próprio quarto, a mando de seu pai, para encobrir a vergonha familiar e preservar-lhe a honra. O romance de Carneiro Vilela é polêmico e envolto em mistérios. Embora retrate com vivacidade a sociedade recifense do final do século XIX, os costumes, a condição feminina, a escravidão, a marginalidade - é o seu desfecho macabro, o relato do emparedamento, que faz perpetuar uma lenda e alimenta o imaginário popular. Os recifenses mais antigos acreditam que essa história realmente pode ter acontecido. Fala-se da presença da morta, contam-se histórias sobre ruídos estranhos e gemidos na casa da rua Nova, a assombração da Emparedada ainda ronda o velho Recife. São estes rumores populares, essas histórias contadas entre as gerações, que nos inspiram na construção do trabalho: aparições, presenças momentâneas, espectros, fantasmas. A possibilidade de um corpo além, um corpo “fluidificado”. “A Emparedada da Rua Nova” é uma investigação no corpo e na cena sobre o tema da morte e do sobrenatural.
Direção Geral e Interpretação: Eliana de Santana
Intérprete Convidado, Direção de Arte, Criação de Luz e Espaço Cênico: Hernandes de Oliveira
Trilha sonora e Figurinos: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira
Produção: E2 Cia de Teatro e Dança / Corpo Rastreado
Foto: Hernandes de Oliveira
This is a work inspired by the homonymous work of the writer and journalist Carneiro Vilela (1846-1913), a mythical book of naturalist literature from Pernambuco that reports the case of a young bourgeois, pregnant by her boyfriend and who was walled up alive in her own fourth, at the behest of his father, to cover the family’;s shame and preserve his honor. Carneiro Vilela’s novel is controversial and shrouded in mystery. Although it vividly portrays Recife’s society at the end of the 19th century, customs, the female condition, slavery, marginality - it is its macabre outcome, the story of the walling up, which perpetuates a legend and feeds the popular imagination. Older people from Recife believe that this story could really have happened. There is talk of the dead woman’s presence, stories are told about strange noises and groans in the house on Rua Nova, the haunting of Emparedada still haunts old Recife. It is these popular rumours, these stories told between generations, that inspire us in the construction of the work: apparitions, momentary presences, specters, ghosts. The possibility of a body beyond, a “fluidified” body. “A Emparedada da Rua Nova” is an investigation into the body and the scene on the theme of death and the supernatural.
General Direction and Interpretation: Eliana de Santana
Guest Interpreter, Art Direction, Light Creation and Scenic Space: Hernandes de Oliveira
Soundtrack and Costumes: Eliana de Santana and Hernandes de Oliveira
Production: E2 Cia de Teatro e Dança, Corpo Rastreado
Photo: Hernandes de Oliveira
Se trata de una obra inspirada en la obra homónima del escritor y periodista Carneiro Vilela (1846-1913), un libro mítico de la literatura naturalista pernambucana que relata el caso de una joven burguesa, embarazada de su novio y que fue emparedada viva en su cuarto, a instancias de su padre, para cubrir la vergüenza de la familia y preservar su honor. La novela de Carneiro Vilela es controvertida y está rodeada de misterio. Si bien retrata vívidamente la sociedad de Recife de finales del siglo XIX, las costumbres, la condición femenina, la esclavitud, la marginalidad, es su macabro desenlace, la historia del tapial, lo que perpetúa una leyenda y alimenta la imaginación popular. Los mayores de Recife creen que esta historia realmente pudo haber sucedido. Se habla de la presencia de la muerta, se cuentan historias sobre ruidos extraños y quejidos en la casa de la Rua Nova, el fantasma de Emparedada todavía persigue al viejo Recife. Son estos rumores populares, estas historias contadas entre generaciones, los que nos inspiran en la construcción de la obra: apariciones, presencias momentáneas, espectros, fantasmas. La posibilidad de un cuerpo más allá, un cuerpo “fluidificado”. “A Emparedada da Rua Nova” es una investigación sobre el cuerpo y la escena sobre el tema de la muerte y lo sobrenatural.
Dirección General e Interpretación: Eliana de Santana
Intérprete invitado, Dirección de arte, Creación de luz y Espacio escénico: Hernandes de Oliveira
Banda Sonora y Vestuario: Eliana de Santana y Hernandes de Oliveira
Producción: E2 Cia de Teatro e Dança, Corpo Rastreado
Foto de : Hernandes de Oliveira